Nos últimos 30 anos, mais mulheres que vivem nos Estados Unidos com idade entre 25 e 39 anos foram diagnosticadas com câncer de mama com metástase, informa pesquisa publicada no final de fevereiro no site http://www.breastcancer.org/. São 1,53 casos para cada 100 mil mulheres em 1976 e 2,90 para 100 mil em 2009, crescimento médio de casos de 2,1% ao ano. Isso significa que 800 mulheres com menos de 40 anos são diagnosticadas com câncer com metástase a cada ano. A doença com metástase em mulheres jovens tende a ser mais agressiva e de tratamento mais difícil.
A pesquisa não traz a comprovação do motivo deste crescimentos de casos entre as jovens, mas sugere uma combinação de fatores como a causa. Uma delas seria o fato de as mulheres terem o primeiro filho mais tarde, após os 30 anos, o que eleva a chance de aparecimento da doença. O consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro e o aumento da obesidade também são fatores de risco
Embora o crescimento da incidência da doença com metástase seja assustador, os números ainda são pequenos. Mas o importante é as mulheres desta faixa etária terem o conhecimento destas informações e, desta forma, não aceitar que o seu médico descarte a incidência da doença apenas pelo fator idade se estiver com algum sintoma, como inchaço e vermelhidão.
Conforme o oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus, Stephen Stefani, a triagem não costuma ser recomendada em pacientes jovens, até porque a mama ainda é muito densa e a mamografia pode não ser confiável. A recomendação vigente para mulheres jovens sem sintomas é fazer a revisão com o médico e discutir vantagens e desvantagens de outros exames mais complexos. Se a paciente tem qualquer sintoma, como nódulos ou secreção mamária, não é mais triagem, passa a ser investigação, esclarece Dr. Stefani. Segundo ele, a recomendação sempre é que as seja feita avaliação médica.
Existem diferenças nas taxas de incidência da doença entre as regiões do Brasil. As maiores incidências ocorrem nas regiões Sul e Sudeste. A medida utilizada para quantificar esta incidência chama-se taxa bruta , que corresponde ao número de casos para cada 100mil mulheres. Na região Sudeste, esta taxa é de 64.54 casos/100mil mulheres; região Sul, 64.3/100mil mulheres; região Centro-Oeste, 37,68/100mil mulheres; região Nordeste, 30,11/100mil mulheres e região Norte com a menor incidência, 16,62/100mil mulheres. Estas diferenças provavelmente são decorrentes do fato já conhecida de quanto maior o desenvolvimento da região maior a incidência de câncer de mama. Isto reflete uma sociedade mais industrializada com consumo cada vez maior de uma alimentação inadequada e excesso de peso. Esses números referem-se a mulheres de todas as faixas etárias. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o diagnóstico em mulheres entre 25 e 39 anos subiu de 3% para 17% do total de casos nos últimos anos
É importante manter alguns hábitos para reduzir os riscos da doença, tais como:
- dieta leve, evitando alimentos com açúcar e processados;
- pratique exercícios regulares
- evite o álcool
- não fume
Dados Nacionais: Instituto Nacional do Câncer
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