Repórter Eco revela que a ocupação urbana sem controle vem da época do Brasil colônia
A cidade de São Vicente, litoral sul de São Paulo, repleta de belezas naturais dignas de cartões postais, abriga cerca de 320 mil habitantes e vem resistindo a todas as dificuldades que marcaram sua história. Seu passado está registrado em monumentos e lugares históricos e, em 1585, o jesuíta português Fernão Cardim escreveu: "A Vila de São Vicente foi rica, agora é pobre, por lhe fechar o porto de mar a barra antiga, e também por estarem as terras gastas e faltarem índios para cultivá-las". As transformações ambientais começaram a partir da chegada dos colonizadores e o Repórter Eco, que vai ao ar neste domingo (20/2), às 18h, na TV Cultura, traz uma reportagem que serve de alerta para conter o velho problema da ocupação urbana sem controle.
Grande parte dos turistas que visitam suas praias durante o verão nem imaginam a importância dessa cidade de 479 anos, que foi o primeiro povoado brasileiro. A história do Brasil começa com a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, Bahia, em 22 de abril de 1500. Eles permaneceram apenas onze dias ali e partiram numa segunda expedição comandada por Gaspar de Lemos e Américo Vespúcio, em 22 de janeiro de 1502, chegando ao local que era conhecido, até então, como Borraió e deram à ilha o nome de São Vicente.
Em 1942, a cidade viveu seu pior desastre natural. Considerada uma das primeiras tragédias da costa brasileira, ficou conhecida como a “Grande Ressaca”, quando o mar invadiu a vila e esta teve de ser reconstruída duzentos metros acima do local original. O historiador Marcos Braga, coordenador da Casa Martim Afonso, fala dos sinais de esgotamento devido à ação de assoreamento e modificação da linha de maré. “Este é mais um exemplo da longa tradição brasileira de uso inadequado do solo, começando pela retirada da vegetação nativa que protegeria a costa". As imagens atuais mostram que a ocupação foi rápida: hoje as construções tomam o espaço de toda a orla da baía, bem perto do mar.
De outra matéria do programa vem uma reportagem feita em Pardinho, região do Aquífero Guarani, que fica a a 200 quilômetros da capital paulista. O lugar é considerado um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo. Daí afloram várias nascentes, entre elas o rio Pardo, o principal curso d'água e mais importante recurso hídrico da região, além de ser uma parte importante da sub-bacia do Paranapanema. Para despertar a sensibilidade e construir uma base visando proteger essa fonte de água, jovens da comunidade se embrenham na mata, em uma ação promovida pelo projeto do instituto Jatobás – organização não-governamental, que promete oferecer conhecimento para a construção de um caminho coletivo, solidário e sustentável.
E da Hidrelétrica de Itaipu (PR) vem um trabalho de cultivo de plantas medicinais que também gera energia.
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