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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Economia no condomínio

*Hubert Gebara

Chegou a hora de prever (e prover) a saúde financeira do condomínio face às despesas do segundo semestre, durante o qual incidem décimo-terceiro salário e dissídio coletivo.
As despesas não são, entretanto, apenas sazonais. Uso racional de água e energia elétrica, manutenção dos equipamentos e estratégias visando reduzir a inadimplência mostram-se armas importantes para atingir esse objetivo durante todo o ano. Quando bem escolhida, a administradora é fator de economia. Ela está apta a fazer a previsão orçamentária com melhores contratos, compra de material, negociação com empresas terceirizadas, seleção de funcionários, controle do gasto de água, luz e material de limpeza. O que é pago é revertido em economia. A administradora deve ter funcionários capacitados, boa estrutura e tecnologia de última geração.

Responsáveis por cerca de 50% das despesas ordinárias de um condomínio, mão de obra e encargos merecem especial atenção. O primeiro passo é evitar horas-extras. A água representa a segunda maior despesa do condomínio. A principal ação para economizar essa preciosa commodity é a conscientização dos moradores e funcionários.

Válvulas redutoras de pressão e modelos de vasos sanitários que consomem até 6 litros por descarga são mudanças significativas. Nas áreas comuns, recomenda-se não utilizar as mangueiras como vassoura hidráulica.

No chamado primeiro mundo, é muito rígido o procedimento visando a economia de água e outros recursos. Há uma rotina de comedimento e lá não se consolidou a nossa tão brasileira cultura do chafariz.

O Secovi-SP tem lançado manuais de uso racional da água, energia elétrica, de áreas comuns e prevenção de incêndio, entre outros, para orientar síndicos e todos aqueles que moram ou trabalham nesses comunidades. Economia no condomínio é meta impossível se não houver apoio voluntário de todos. Temos de seguir o exemplo do primeiro mundo também com relação às assembleias. Elas são o legítimo fórum para a questão das despesas. No Brasil, infelizmente, as assembleias dão ibope apenas quando há sorteio de vagas na garagem ou elevação da taxa condominial.

*Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação)

Fonte: Andressa Ferrer- Secovi

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