A mão passeia sobre todas as peças do tabuleiro. Após alguns minutos, uma delas é pinçada e colocada em uma casa preta - levemente em relevo, quando comparada com as casas brancas -, sendo fixada por um pino ao tabuleiro perfurado. Em seguida, o jogador anuncia em um gravador de voz o movimento executado e acrescenta: "Xeque-mate"!
Assim pode terminar um jogo de xadrez adaptado, modalidade em que a partida é sempre disputada em dois tabuleiros e a gravação das jogadas é fundamental para dirimir dúvidas sobre os lances executados.
De 3 a 5 de junho, a Copa Brasil 2010 de Xadrez para Deficientes Visuais reunirá, em São Paulo, 50 enxadristas de diferentes pontos do País e servirá de preparação para o torneio Pan-Americano, na Argentina, e o Mundial, que será realizado na Sérvia, em setembro.
Organizador do torneio e um dos dez melhores praticantes de xadrez adaptado no Brasil, Andre Rezende Marques explica que, embora possa tocar todas as peças, o bom jogador tem como diferencial a memorização da seqüência de movimentos, para identificar a estratégia do adversário.
Andre Marques, que leciona xadrez nos últimos três anos para alunos com deficiência visual, afirma que o esporte tem impacto positivo não só no desenvolvimento do raciocínio, mas também na sociabilização. "Uma criança percebe que pode disputar uma partida em igualdade de condições com qualquer pessoa que enxergue. E que pode ser assim em outros aspectos de sua vida".
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