Em maior evento do setor na América Latina, farmacêuticos concordam com papel educador por ser principal canal entre consumidor e medicamentos; indústria tem papel importante
Com a responsabilidade de ser o intermediário entre consumidores e medicamentos, o farmacêutico deve compreender cada vez mais seu papel de orientador e responsável não só pelo atendimento, mas também pela qualidade da orientação prestada. O assunto foi um dos principais enfoques do XX Congresso Pan-Americano de Farmácia, que terminou neste sábado em Porto Alegre e reuniu as principais autoridades do setor.
"Essa função educadora do profissional de farmácias e drogarias é resultado da evolução da consciência dos consumidores, é praticamente uma exigência da população", analisou Gilsiane Zunino, do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS). Para ela, a farmácia é o principal canal entre população e medicamentos.
Presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), Raquel Rizzi compartilha posição semelhante. "Seja com prescrição médica ou sem, quem acompanha mais de perto o consumo de medicamentos é o farmacêutico", observou. Ela também defende que deve haver algum tipo de controle e registros, sobre as "prescrições" de medicamentos isentos de prescrição médica por farmacêuticos. "Assistência farmacêutica é necessidade da população", afirmou
Laboratórios podem ajudar
A conselheira do CRF-SP, Margareth Kishi, destacou a importância da indústria farmacêutica no processo de treinamento e educação dos profissionais de farmácias e drogarias em relação ao uso adequado de medicamentos. "O tripé empresa-farmacêutico-paciente é fundamental para que a informação de qualidade chegue corretamente ao farmacêutico. É preciso saber aproveitar a força dos laboratórios para chegar a esse público", considerou.
Um exemplo dessa importância vem da Boiron, maior fabricante de medicamentos homeopáticos do mundo. Introduzindo produtos homeopáticos industrializados nas farmácias e drogarias convencionais, incluindo grandes redes, o laboratório tem investido na educação e treinamento do profissional farmacêutico que não tem especialização em homeopatia.
"No Brasil ainda é muito forte a separação entre farmácias homeopáticas e alopáticas, o que faz com que a penetração dos medicamentos homeopáticos nas redes e drogarias ainda seja muito restrita", explicou o diretor da Boiron no Brasil, Ricardo Ferreira. "Queremos garantir o acesso ao medicamento homeopático a toda a população e capacitar o profissional farmacêutico, incluindo o não homeopata a aconselhar e orientar sobre os nossos medicamentos. Para o consumidor o mais importante é a eficácia e a segurança do medicamento e isso o farmacêutico tem total condição de avaliar e orientar", completou.
Sobre a Boiron
A Boiron é o maior laboratório mundial de medicamentos homeopáticos, presente atualmente em mais de 80 países. O laboratório foi criado em 1932 pelos irmãos Jean e Henri Boiron e atualmente está na Bolsa de Paris. Em 2009, faturou 526 milhões de euros, um crescimento 12,7% em relação ao ano anterior. Com fortes investimentos em pesquisa nos últimos anos, possui um portfólio de mais de 250 especialidades e 3 mil substâncias unitárias registradas, produtos líderes em vendas na França e alguns dos medicamentos mais procurados no mundo. A missão da Boiron é que cada médico integre a homeopatia na sua pratica cotidiana. O tratamento homeopático deve ser uma opção terapêutica à escolha de médicos e pacientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aqui você poderá fazer suas denúncias e comentários.
Se você recebeu algum comentário indevido. Utilize-se deste canal para sua defesa.
Não excluiremos os comentários aqui relacionados.
Não serão aceitos comentários com palavras de baixo calão ou denúncias infundadas. Aponte provas caso queira efetuar suas denúncias, caso contrário, seu comentário será removido.