Entre os 12.606 totais de atendimentos oferecidos em 2009, os setores de planos de saúde, telecomunicação, financeiro e de produtos foram os mais reclamados
Durante o ano de 2009, pelo décimo ano consecutivo, o tema mais questionado no Idec foi de planos de saúde, sendo responsável por 22,38% das solicitações.
O total da demanda de atendimentos (12.606), reuniu 6.104 queixas relacionadas a problemas de consumo e outras 6.502 solicitações referentes às ações judiciais que o Instituto sustenta. As porcentagens são referentes a 6.104, que corresponde, no caso de planos de saúde, a 1.366 atendimentos.
Os assuntos mais questionado sobre o setor foram: reajustes abusivos (incluindo-se reajustes anuais, reajustes por aumento de sinistralidade e reajustes por mudança de faixa etária) e as negativas de cobertura (exames, cirurgias, próteses e órteses etc).
Outra questão que rendeu muitas reclamações em 2009 foi a "saúde financeira" das operadoras de planos de saúde. Destaque para a quebra da Avimed, que resultou na proposição de Ação Civil Pública pelo Idec, ano passado, em função da qual a Justiça concedeu liminar, até hoje em vigor, que garante a mudança de usuários da Avimed para outras operadoras - além de Itálica e Ana Costa - sem a necessidade de serem cumpridas novas carências.
Recorrente polêmica sobre o balanço anual do Idec, é a comparação com os dados do Procon. No entanto, Daniela Trettel, advogada do Idec, esclarece que o questionamento decorre do critério do registro das reclamações. O Idec atende às queixas referentes aos planos coletivos (intermediados por empresas, associações e sindicatos), diferente do Procon, que não registra solicitações de pessoa jurídica. “Vale lembrar que, atualmente, mais de 70% dos planos de saúde são coletivos – dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). São cerca de 33 milhões de brasileiros - 14 milhões em São Paulo”, enfatiza Trettel.
O segundo assunto mais reclamado, como em 2008, foi a área de telecomunicações. A terceira posição ficou com o setor financeiro. Até 2007, as posições na segunda e terceira colocações no ranking de atendimentos estavam invertidas, com os bancos à frente do setor de telefonia. O setor de produtos ficou na quarta posição das reclamações dos associados em 2009.
Planos de saúde
2007> 17,10%
2008>21,80%
2009> 22,38%
Telecomunicações
2007> 13,80%
2008> 20,50%
2009> 19,48%
Setor financeiro
2007>14,00%
2008>17,50%
2009>13,09%
Produtos
2007>12,20%
2008>14,80%
2009>12,34%
Outros
2007>42,90%
2008>25,40%
2009>32,71%
Os problemas, que reiteradamente aparecem nos balanços de reclamações de consumidores, são o retrato das práticas do mercado. “Por um lado, precisamos garantir que os consumidores saibam quais são os seus direitos e como exerce-los, por outro lado, precisamos que as empresas e os órgãos reguladores assumam as suas responsabilidades.” comenta Lisa Gunn, coordenadora executiva do Idec.
Mais informações em: www.idec.org.br
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