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terça-feira, 23 de março de 2010

Governo inicia 1ª etapa das obras do Complexo Cultural - Teatro da Dança

Fotos: Ciete Silverio
Prédio da antiga rodoviária de São Paulo é um dos edifícios que será demolido para dar lugar ao Complexo Cultural - Teatro da Dança


Construção vai consolidar o maior pólo cultural da América Latina
O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, deu início nesta terça-feira, 23, às demolições para a construção do Complexo Cultural - Teatro da Dança. A construção vai consolidar a criação do maior polo cultural da América Latina. Em área praticamente contínua, no bairro da Luz, região central da capital paulista, estão a Sala São Paulo, a Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim, a Pinacoteca do Estado, a Estação Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu de Arte Sacra, a Estação Júlio Prestes e o Parque da Luz.
“Este Complexo vai ser um elemento de revitalização incrível, um espaço fenomenal. É uma obra que vai complementar todo o espaço cultural da região”, disse o governador José Serra. “Estamos configurando o pólo que será completado com este Teatro. O Teatro da Dança, que na verdade vai ser da música e da dança. Aqui virá funcionar a escola Tom Jobim, que já está nesta região, junto com a São Paulo Companhia de Dança e a Escola de Dança”, completou o governador.
Na abertura do evento, a Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim e a SP Companhia da Dança realizaram apresentações. Estiveram presentes o governador José Serra e o secretário de Cultura, João Sayad, para dar início a 1ª etapa da obra, que no total custará R$ 600 milhões e terá parte financiada pelo BNDES e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
As obras do Complexo devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2011 logo após a conclusão da demolição dos edifícios que integram o quarteirão, desapropriado em 2007 pelo Governo do Estado, incluindo o prédio da antiga rodoviária da cidade, onde funcionava o Shopping Center Luz.
Com a criação do Complexo, São Paulo entra definitivamente na rota dos grandes projetos da arquitetura internacional. A proposta do espaço é ser um dos mais importantes centros destinados às artes do espetáculo do país projetado para apresentações de dança, música e ópera.
O edifício abrigará diferentes equipamentos culturais, devido à carência de espaços específicos, para a encenação de musicais, óperas, shows de música popular e outras manifestações artísticas. Com aproximadamente 95 mil m² de área construída, em um terreno de 19 mil m². O Complexo abrigará três teatros: um para dança e ópera com 1.750 lugares; outro para 600 ocupantes, destinado a teatro e recitais; e uma sala experimental, com palco reversível e capacidade para 450 espectadores.

Ao mesmo tempo, haverá espaço para a instalação de uma sede definitiva da Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim, uma escola de dança, salas de ensaios para companhias residentes, biblioteca, estúdios, auditório e áreas administrativas. O projeto terá área para café, loja, praça de convivência e estacionamento para mil veículos.

Corredor Verde
Outra característica do projeto é a fusão do edifício com as áreas verdes que serão criadas no entorno. A Praça Júlio Prestes deve ser reformada para ganhar um jardim, que funcionará como uma extensão do Parque da Luz, formando um grande corredor verde na região central, que começa nos jardins do Museu de Arte Sacra, segue pelo parque da Luz, pelo novo Complexo até chegar à Praça Princesa Isabel e ao Palácio dos Campos Elíseos, na Avenida Rio Branco.
O edifício proposto não possui fachada, tem sua estrutura horizontal, seguindo as linhas construtivas da Sala São Paulo, com altura média de 23 metros, divididos em quatro andares. O prédio ocupará todo o quarteirão localizado entre a Praça Júlio Prestes e a Avenida Rio Branco, com as laterais para a Avenida Duque de Caxias e rua Helvétia.

Ao contrário da Sala São Paulo, o novo complexo será um centro cultural aberto e vivo. Para isso, os arquitetos optaram pelo uso de lâminas horizontais entrelaçadas, que promovem uma ligação dinâmica entre os espaços abertos, com várias entradas de ar e luz. Com o intuito de ampliar a diversidade entre os espaços, as lâminas horizontais se cruzam em pisos intermediários que favorecem a proximidade e a visibilidade entre as diferentes partes do prédio. Para sustentar a rede de pisos e de lâminas, serão utilizadas colunas de 35 a 45 cm de diâmetro. Uma das lâminas projeta-se sobre a Praça Júlio Prestes resultando em uma grande rampa, onde será a entrada principal do prédio.

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