Foto: Secretário Estadual da Habitação Lair Krähenbühl durante lançamento do livro sobre Desenho Universal na quinta-feira, 18. Sentados (da esq. para dir.): Danilo Piaggesi, diretor executivo da Fundação Rosseli Américas; Marcos Belizário, secretário Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; Linamara Rizzo Battistella, secretária Estadual Direitos da Pessoa com Deficiência; ministro Marco Marsilli, cônsul geral da Itália em São Paulo e Axel Leblois, diretor executivo da G3ict (Iniciativa Global por Tecnologias Inclusivas). CRÉDITO: Clóvis Deangelo
Desenho Universal na habitação popular é tema de livro lançado hoje em seminário internacional
Publicação foi apresentada hoje na abertura de seminário internacional sobre desenvolvimento de tecnologias para inclusão de deficientes, em São Paulo
O secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl, e a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, abriram hoje, dia 18, o Seminário Internacional "A Economia do Conhecimento sob a Ótica da Inclusão: Desenvolvendo Tecnologias e Inovação para Pessoas com Deficiência", no Hotel Caesar Park Business Faria Lima, em São Paulo. No evento, foi lançado o livro "Diretrizes do Desenho Universal na Habitação de Interesse Social no Estado de São Paulo", desenvolvido em parceria pelas duas secretarias. Desde o início da gestão do governador José Serra, os secretários trabalham em conjunto para promover os conceitos de acessibilidade no Estado, que é pioneiro no país a adotar o Desenho Universal na habitação.
A publicação vai orientar prefeituras, órgãos públicos, construtores, arquitetos e a comunidade acadêmica sobre a implantação dos princípios do Desenho Universal nos projetos de moradias, incluindo os espaços privativos dos imóveis e as áreas de uso público. "Todos os novos projetos da CDHU contemplam a acessibilidade. A moradia precisa atender a pessoa em todas as etapas da vida e em qualquer situação", disse o secretário Lair Krähenbühl. Na sexta-feira, 19, a Secretaria de Estado da Habitação promove uma palestra no evento sobre o tema.
A proposta do Desenho Universal é criar espaços que possam ser utilizados não somente por pessoas com deficiência, temporária ou permanente, mas também por indivíduos com estatura diferenciada, obesidade ou com mobilidade reduzida, como idosos, gestantes e crianças. "O Brasil tem mais de 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. O Estado precisa de políticas capazes de atender essa parcela da população. Em São Paulo isso já é realidade", disse a secretária Linamara Battistella.
Participaram da abertura do seminário o secretário Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marcos Belizário; o cônsul geral da Itália em São Paulo, ministro Marco Marsilli,; o diretor executivo da Fundação Rosseli Américas, Danilo Piaggesi; o diretor executivo da G3ict (Iniciativa Global por Tecnologias Inclusivas), Axel Leblois e os promotores Ivan Castanheiro, coordenador da área de Habitação e Urbanismo, e Eduardo Dias de Souza Pereira, da coordenadoria de acessibilidade, do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Diretrizes para aplicação do DU em moradias: As diretrizes para a implantação do Desenho Universal nas moradias de Interesse Social foram classificadas em três escalas: área interna das moradias; áreas comuns dos condomínios; e áreas e espaços públicos nas imediações.
A área interna do imóvel e os acessos devem apresentar dimensão adequada, conforto, segurança e bem estar. O projeto deverá prever vãos de portas e corredores com larguras adequadas, correta solução de portas, facilidade de manobra e de acesso às janelas. Também deverá ter soluções de ventilação, intercomunicação entre os ambientes, revestimentos antiderrapantes, interruptores e campainhas, metais e louças sanitárias em alturas acessíveis a todos usuários, entre outros, bem como previsão de interruptores paralelos para quartos e corredores, sinais sonoros e luminosos e área para instalação de elevadores ou plataformas.
As áreas condominiais devem atender às necessidades de todos os usuários, propiciando segurança, conforto e acessibilidade. Entre os itens previstos estão: rampas, guias rebaixadas, passeios com revestimento e elementos de apoio e declividade adequados; calçadas com largura mínima de 1,20 metros, interligação acessível entre estacionamento e áreas comuns; e previsão de sinalização, guarda-corpos e corrimão.
Para as áreas de uso público, é recomendada a criação de espaços urbanos e de lazer seguindo os conceitos do Desenho Universal. Isso inclui postes e telefones públicos instalados de forma a não obstruir a faixa de circulação e pontos de transporte público em distância confortável às pessoas com limitações de locomoção.
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