Uma simples febre ou dor de garganta nem sempre são motivos para recorrer ao medicamento
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) tem se mobilizado para combater o uso indiscriminado de antibióticos desde o ano passado, quando numa iniciativa inédita promoveu uma série de reuniões com entidades representativas de farmacêuticos, médicos, veterinários, odontólogos, vigilância sanitária, Secretaria Estadual de Saúde, infectologistas, entre outros, para discutir o assunto e, desde então, apoia a inclusão por parte da Anvisa dos antibióticos na lista de medicamentos controlados.
Na ocasião destas reuniões, foi criada uma liga inédita de combate à resistência bacteriana composta pelas entidades de classe presentes, para que fossem realizadas ações conjuntas de conscientização da população e profissionais da saúde. O Conselho então lançou a campanha “Uso racional de antibióticos e o combate à resistência microbiana”, para alertar tanto farmacêuticos quanto os usuários sobre os perigos da automedicação.
Para a presidente do Conselho, dra. Raquel Rizzi, a iniciativa de integrar as especialidades é fundamental para promover o uso racional de antibióticos, o que, segundo ela, também inclui prescrição e dispensação controladas. “Não adianta apenas a atuação do farmacêutico na dispensação, o diagnóstico e a prescrição também devem ser corretos e a população precisa entender que uma febre ou gripe nem sempre é motivo para o uso de antibiótico”, reitera.
A regulamentação do uso de antibióticos no País foi tema de audiência pública proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária na tarde desta quarta-feira (24/03), em Brasília. A Agência propõe a inclusão dos antibióticos na Portaria SVS/MS nº. 344/98, que lista as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial no Brasil.
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