Os sites de relacionamento caíram no gosto dos brasileiros. Cada vez mais pessoas aderem a eles para se comunicar com os amigos ou realizar contatos profissionais, como aponta um levantamento feito do instituto Nielsen Online em 2009. Ele revelou que o Brasil é o que mais utiliza as redes sociais no mundo. Cerca de 80% dos internautas no país visitaram essas ferramentas e blogs em 2008, ultrapassando o número global de acessos, que equivale a 67%.
A tendência é aumentar ainda mais esse índice até o fim deste ano, pois o tema tem sido muito discutido pela mídia. Até mesmo as empresas se renderam ao hábito de utilizar redes, como o LinkedIn, em busca de potenciais candidatos. Também é feito o acesso ao Orkut, Twitter e Facebook para achar mais informações sobre os candidatos em processo seletivo. No entanto, sobre esse ponto é preciso chamar à reflexão. Seriam as redes sociais o ambiente mais apropriado para se conhecer melhor um candidato?
De fato, isso pode ajudar a conhecer melhor as preferências e algumas características dele. Mas, por outro lado, o conteúdo colocado na maioria das redes de relacionamento são para fins pessoais e informais, o que pode não retratar precisamente a postura que o profissional adota em um ambiente de trabalho. Outro fator importante é que essa investigação online pode gerar certo preconceito no primeiro contato e até desperdiçar a oportunidade de se contratar potenciais talentos para a empresa.
Obviamente, que se uma pessoa faz parte de grupos que denigrem sua imagem profissional como, por exemplo, grupos chamados “Eu não gosto de trabalho” ou “Eu não gosto de acordar cedo”, isso permite que a empresa descarte esse candidato de imediato, pois no mínimo, lhe falta bom senso.
Por outro lado, é compreensível que, principalmente os jovens, tenham fotos com os amigos bebendo ou se divertindo de uma maneira que nem sempre é apropriada para um ambiente profissional. Por isso, não se deve tirar conclusões precipitadas sobre eles. Existem técnicas para conhecer o perfil das pessoas e saber se elas estão adequadas à vaga por meio da entrevista pessoal ou dinâmica de grupo.
Mas, se mesmo assim, as companhias optarem pelo uso das redes sociais para esse fim, aconselho que façam em um momento posterior à última etapa da entrevista, depois de conversar com os candidatos pessoalmente. Isso para que o preconceito e a formação de opinião por esse método sejam evitados.
Sobre esse assunto, um dos maiores questionamentos é a ética e a invasão de privacidade. As empresas tem direito de investigar a vida dos candidatos que concorrem a uma vaga ou até mesmo de seus funcionários? A partir do momento que uma pessoa divulga fotos, vídeos e informações sobre sua vida por vontade própria nas redes sociais, a resposta é sim, pois essas informações são públicas e podem ser acessadas por qualquer pessoa em todo o mundo. Mas em definitivo, as informações disponíveis em rede não devem ser as primeiras a serem consideradas para uma tomada de decisão sobre qual o melhor profissional e o que ele pode oferecer para o mercado de trabalho.
*Renato Grinberg é diretor Geral da Trabalhando.com.br e especialista em mercado de trabalho. Aos 35 anos, Grinberg tem em seu currículo passagem por várias multinacionais, como a diretoria Geral da Latin American Multichannel Advertising Council (LAMAC), além de uma carreira internacional tendo trabalhado em empresas como a Sony Pictures e Warner Bros. em Los Angeles. Renato é formado em Música e Filosofia pela FAAM, pós-graduado em administração de empresas pela UCLA e possui MBA pela University of Southern California, Marshall School of Business.
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