Construção de casas populares e mergulho autônomo: formação integral de estudantes
Durante cinco dias, 14 estudantes, meninos e meninas, do 2º ano do ensino médio da escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, rumaram ao Guarujá, litoral paulista, para participar da construção de casas populares. Por meio da parceria entre a escola e a Ong Habitat for Humanity, os jovens, sob a orientação de um mestre de obras, trabalharam em média 6 horas por dia fazendo o que fosse necessário para levantar a moradia: preparar cimento, assentar tijolo, montar telhados. Os alunos foram sozinhos e ficaram hospedados em um hotel que também tem parceria com a Ong. Cabe destacar que as casas não são doadas pela Ong, mas sim vendidas a preços baixos (até 20% da renda familiar) e com a possibilidade de pagamento em até 10 anos. A intenção é dar dignidade às famílias.
Todo esse trabalho dos alunos faz parte do CAS (Criativity, Action and Service), mais especificamente do Service, que é um dos eixos que compõe o currículo do IB (International Baccalaureate), um programa internacional que permite ao aluno obter um diploma aceito em universidades ao redor do mundo. "A ideia é que saiam do ambiente escolar e vivenciem outras realidades. É uma filosofia pedagógica que propõe o aprendizado por meio da experiência. Inverte o caminho didático tradicional em que a teoria deve preceder a prática. Aqui a prática vem primeiro.", afirma André Barreto, coordenador do CAS. Dentro dessas três áreas, os estudantes têm que cumprir aproximadamente 250 horas de trabalho, que culminará em um relatório final. "Brinco que nosso trabalho voluntário é obrigatório. Se o aluno não cumprir essa etapa não consegue o diploma IB". Perguntado sobre se vale a pena obrigar os alunos, Barreto é categórico: "se não fossem obrigados, não fariam, e se não fizessem, não teriam a oportunidade de ter essa experiência. Muitos deles reclamam no começo, mas, no final, gostam".
No eixo Criativity, os estudantes focam em fotografia, artes e música. "Além disso, vão fazer um sarau literário com montagem cênica", conta Barreto. Mergulho autônomo foi a atividade escolhida em 2009 para cumprir o eixo Action. Importante destacar que no programa CAS não há notas. A avaliação é feita pelo coordenador e pretende verificar se o aluno aprendeu os conceitos básicos do programa descritos em um documento. São eles: conhecer seus pontos fortes e fracos; encarar novos desafios; planejar e iniciar atividades; trabalho em colaboração com os outros; perseverança e compromisso com a atividade; engajamento em temas de importância global; consideração ética de suas ações e desenvolvimento de novos talentos e habilidades. Ingredientes fundamentais encarar futuramente o real mundo trabalho.
Segundo Barreto, estudos atestam que aprendemos mais quando temos a experiência viva de algo, ao invés de apenas o conhecimento teórico. "A partir da prática, aceita-se o erro, o imprevisto, o desafio. A questão central é menos o sucesso da proposta inicial e mais como o aluno lida com o que lhe acontece. Daí se extrai o aprendizado, por meio da reflexão".
Durante cinco dias, 14 estudantes, meninos e meninas, do 2º ano do ensino médio da escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, rumaram ao Guarujá, litoral paulista, para participar da construção de casas populares. Por meio da parceria entre a escola e a Ong Habitat for Humanity, os jovens, sob a orientação de um mestre de obras, trabalharam em média 6 horas por dia fazendo o que fosse necessário para levantar a moradia: preparar cimento, assentar tijolo, montar telhados. Os alunos foram sozinhos e ficaram hospedados em um hotel que também tem parceria com a Ong. Cabe destacar que as casas não são doadas pela Ong, mas sim vendidas a preços baixos (até 20% da renda familiar) e com a possibilidade de pagamento em até 10 anos. A intenção é dar dignidade às famílias.
Todo esse trabalho dos alunos faz parte do CAS (Criativity, Action and Service), mais especificamente do Service, que é um dos eixos que compõe o currículo do IB (International Baccalaureate), um programa internacional que permite ao aluno obter um diploma aceito em universidades ao redor do mundo. "A ideia é que saiam do ambiente escolar e vivenciem outras realidades. É uma filosofia pedagógica que propõe o aprendizado por meio da experiência. Inverte o caminho didático tradicional em que a teoria deve preceder a prática. Aqui a prática vem primeiro.", afirma André Barreto, coordenador do CAS. Dentro dessas três áreas, os estudantes têm que cumprir aproximadamente 250 horas de trabalho, que culminará em um relatório final. "Brinco que nosso trabalho voluntário é obrigatório. Se o aluno não cumprir essa etapa não consegue o diploma IB". Perguntado sobre se vale a pena obrigar os alunos, Barreto é categórico: "se não fossem obrigados, não fariam, e se não fizessem, não teriam a oportunidade de ter essa experiência. Muitos deles reclamam no começo, mas, no final, gostam".
No eixo Criativity, os estudantes focam em fotografia, artes e música. "Além disso, vão fazer um sarau literário com montagem cênica", conta Barreto. Mergulho autônomo foi a atividade escolhida em 2009 para cumprir o eixo Action. Importante destacar que no programa CAS não há notas. A avaliação é feita pelo coordenador e pretende verificar se o aluno aprendeu os conceitos básicos do programa descritos em um documento. São eles: conhecer seus pontos fortes e fracos; encarar novos desafios; planejar e iniciar atividades; trabalho em colaboração com os outros; perseverança e compromisso com a atividade; engajamento em temas de importância global; consideração ética de suas ações e desenvolvimento de novos talentos e habilidades. Ingredientes fundamentais encarar futuramente o real mundo trabalho.
Segundo Barreto, estudos atestam que aprendemos mais quando temos a experiência viva de algo, ao invés de apenas o conhecimento teórico. "A partir da prática, aceita-se o erro, o imprevisto, o desafio. A questão central é menos o sucesso da proposta inicial e mais como o aluno lida com o que lhe acontece. Daí se extrai o aprendizado, por meio da reflexão".
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