Chefes de Estado se encontraram nas últimas quinta e sexta-feiras (24 e 25/09) na reunião do G20. Para a Rede WWF, eles precisam definir uma estratégia de financiamento para traçar uma saída verde para a crise financeira, criando empregos, novos investimentos e assegurando crescimento sustentável.
A reunião do G20 representa uma oportunidade importantíssima para o sucesso da 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em dezembro, em Copenhague. Um elemento chave na reunião é desenhar um pacote de longo prazo de financiamento para que seja tomada uma ação global para combater as mudanças climáticas.
"Os chefes de Estado em Pitsburg têm a oportunidade de apresentar um pacote que: estimule investimentos em tecnologias limpas, crie novos empregos e nos conduza a uma economia de baixa emissão de carbono," afirma Kim Carstensen, líder da Iniciativa Global de Clima da Rede WWF.
Em julho, esses mesmos líderes globais estiveram reunidos no Fórum das Maiores Economias e pediram a seus ministros de Economia que recomendassem antes da conferência de Copenhague as melhores maneiras de mobilizar recursos financeiros para estimular a economia e combater o aquecimento global. Eles ficaram de dar uma resposta aos chefes de Estado nesta reunião do G20 em Pitsburg.
"Os recursos públicos podem ser cruciais para prover o capital inicial para o desenvolvimento de uma economia limpa e de baixa emissão de carbono," aponta Carstensen. "Ações de combate às mudanças climáticas oferecem um enorme potencial para novos investimentos privados e geração de mais empregos, mas os governos devem abrir o caminho para isso. Um sucesso no G20 pode destravar as negociações globais em Copenhague."
O financiamento público é fundamental para ações de combate ao aquecimento global em países em desenvolvimento como adaptação aos impactos das mudanças climáticas, redução do desmatamento - grande fonte de emissão de gases de efeito estufa - e estabelecimento rápido de eficiência energética e geração de energia limpa, bem como estímulo do uso de tecnologias limpas.
"O custo de não fazer nada neste momento é muito mais alto que o de agir agora", afirma Carstensen. "Os países mais pobres e mais vulneráveis têm necessidade urgente de apoio financeiro para salvar suas populações dos efeitos das mudanças climáticas."
Em seu discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta quarta-feira (23/09), o presidente Lula cobrou a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos e uma ação equivalente da parte deles. "O Brasil deve aproveitar essa reunião e pressionar por compromissos financeiros dos países ricos", afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. "O aquecimento global é um desafio de todos, mas aqueles que poluíram mais o planeta até agora é que devem mostrar que estão dispostos a dar o primeiro passo e disponibilizar recursos financeiros para ajudar quem emitiu menos gases de efeito estufa."
A Rede WWF estima que o investimento público em países em desenvolvimento será superado logo pelo capital privado se a conferência de Copenhague conseguir estabelecer com clareza como uma nova regulação climática irá se desenvolver nos próximos 10 a 20 anos.
Relatórios da Rede WWF mostram que os países em desenvolvimento precisam de aproximadamente 160 bilhões de dólares por ano e devem começar a receber esse valor até 2015. O G20 deve reconhecer sua magnitude e também o nível de ambição a ser atingido em Copenhague. O grupo deve também dar o mandato ao processo da Organização das Nações Unidas sobre clima para propor um escopo financeiro para gerenciar esses recursos.
Em números:
ENERGIA: Cerca de 2,3 milhões de pessoas já estão empregadas na indústria de energias renováveis. Os investimentos de 630 bilhões de dólares projetados para 2030 devem se transformar em pelo menos 20 milhões de empregos a mais ao redor do globo: 2,1 milhões em eólica, 6,3 milhões em fotovoltaica e 12 milhões relacionados a biocombustíveis. O estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020 do WWF-Brasil aponta é possível gerar 8 milhões de empregos, economizar 33 bilhões de reais e diminuir o desperdício de energia de até 38% da expectativa de demanda, estabilizar as emissões de gases de efeito estufa e afastar os riscos de novos apagões se o cenário Elétrico Sustentável for aplicado no Brasil até 2020.
CONSTRUÇÃO CIVIL: Investimentos em eficiência energética podem gerar de 2 a 3,5 milhões de novos postos de trabalho somente na Europa e nos Estados Unidos. Na Austrália, uma proposta de 3 bilhões de dólares para construção de "casas verdes" em 4 anos deve reduzir emissões de gases de efeito estufa em 3,8 milhões de toneladas ao ano e criar 160 mil novos empregos nas áreas de auditagem e serviços de instalação.
TRANSPORTE: Nos Estados Unidos, um programa federal de investimento de 10 anos em trens de alta velocidade pode gerar 250 mil novos postos de trabalho. Na Coréia, 7 bilhões de dólares devem ser investidos em transporte de massa e ferrovias nos próximos 3 anos e isso deve criar 138 mil empregos.
A reunião do G20 representa uma oportunidade importantíssima para o sucesso da 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em dezembro, em Copenhague. Um elemento chave na reunião é desenhar um pacote de longo prazo de financiamento para que seja tomada uma ação global para combater as mudanças climáticas.
"Os chefes de Estado em Pitsburg têm a oportunidade de apresentar um pacote que: estimule investimentos em tecnologias limpas, crie novos empregos e nos conduza a uma economia de baixa emissão de carbono," afirma Kim Carstensen, líder da Iniciativa Global de Clima da Rede WWF.
Em julho, esses mesmos líderes globais estiveram reunidos no Fórum das Maiores Economias e pediram a seus ministros de Economia que recomendassem antes da conferência de Copenhague as melhores maneiras de mobilizar recursos financeiros para estimular a economia e combater o aquecimento global. Eles ficaram de dar uma resposta aos chefes de Estado nesta reunião do G20 em Pitsburg.
"Os recursos públicos podem ser cruciais para prover o capital inicial para o desenvolvimento de uma economia limpa e de baixa emissão de carbono," aponta Carstensen. "Ações de combate às mudanças climáticas oferecem um enorme potencial para novos investimentos privados e geração de mais empregos, mas os governos devem abrir o caminho para isso. Um sucesso no G20 pode destravar as negociações globais em Copenhague."
O financiamento público é fundamental para ações de combate ao aquecimento global em países em desenvolvimento como adaptação aos impactos das mudanças climáticas, redução do desmatamento - grande fonte de emissão de gases de efeito estufa - e estabelecimento rápido de eficiência energética e geração de energia limpa, bem como estímulo do uso de tecnologias limpas.
"O custo de não fazer nada neste momento é muito mais alto que o de agir agora", afirma Carstensen. "Os países mais pobres e mais vulneráveis têm necessidade urgente de apoio financeiro para salvar suas populações dos efeitos das mudanças climáticas."
Em seu discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta quarta-feira (23/09), o presidente Lula cobrou a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos e uma ação equivalente da parte deles. "O Brasil deve aproveitar essa reunião e pressionar por compromissos financeiros dos países ricos", afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. "O aquecimento global é um desafio de todos, mas aqueles que poluíram mais o planeta até agora é que devem mostrar que estão dispostos a dar o primeiro passo e disponibilizar recursos financeiros para ajudar quem emitiu menos gases de efeito estufa."
A Rede WWF estima que o investimento público em países em desenvolvimento será superado logo pelo capital privado se a conferência de Copenhague conseguir estabelecer com clareza como uma nova regulação climática irá se desenvolver nos próximos 10 a 20 anos.
Relatórios da Rede WWF mostram que os países em desenvolvimento precisam de aproximadamente 160 bilhões de dólares por ano e devem começar a receber esse valor até 2015. O G20 deve reconhecer sua magnitude e também o nível de ambição a ser atingido em Copenhague. O grupo deve também dar o mandato ao processo da Organização das Nações Unidas sobre clima para propor um escopo financeiro para gerenciar esses recursos.
Em números:
ENERGIA: Cerca de 2,3 milhões de pessoas já estão empregadas na indústria de energias renováveis. Os investimentos de 630 bilhões de dólares projetados para 2030 devem se transformar em pelo menos 20 milhões de empregos a mais ao redor do globo: 2,1 milhões em eólica, 6,3 milhões em fotovoltaica e 12 milhões relacionados a biocombustíveis. O estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020 do WWF-Brasil aponta é possível gerar 8 milhões de empregos, economizar 33 bilhões de reais e diminuir o desperdício de energia de até 38% da expectativa de demanda, estabilizar as emissões de gases de efeito estufa e afastar os riscos de novos apagões se o cenário Elétrico Sustentável for aplicado no Brasil até 2020.
CONSTRUÇÃO CIVIL: Investimentos em eficiência energética podem gerar de 2 a 3,5 milhões de novos postos de trabalho somente na Europa e nos Estados Unidos. Na Austrália, uma proposta de 3 bilhões de dólares para construção de "casas verdes" em 4 anos deve reduzir emissões de gases de efeito estufa em 3,8 milhões de toneladas ao ano e criar 160 mil novos empregos nas áreas de auditagem e serviços de instalação.
TRANSPORTE: Nos Estados Unidos, um programa federal de investimento de 10 anos em trens de alta velocidade pode gerar 250 mil novos postos de trabalho. Na Coréia, 7 bilhões de dólares devem ser investidos em transporte de massa e ferrovias nos próximos 3 anos e isso deve criar 138 mil empregos.
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