Três eventos marcaram as comemorações do Ano da França no Brasil nos festejos do 7 de Setembro
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Os tradicionais verde e amarelo que marcam o Dia da Independência brasileira tiveram um colorido diferente neste 7 de setembro. O azul, o branco e o vermelho da bandeira francesa juntaram-se, na terra e no ar, às cores brasileiras neste feriado da Pátria, que contou com a presença do presidente da França, Nicolas Sarkozy. Ao lado do presidente Lula, Sarkozy acompanhou a passagem das tropas brasileiras e de três regimentos franceses, vindos especialmente para participar dos festejos da Independência neste Ano da França no Brasil.
As comemorações na capital da República incluíram ainda a abertura do Simpósio Internacional sobre a Cidade Sustentável – A Metrópole do Futuro, feita pelos ministros da Cultura da França, Frédéric Mitterrand, e do Brasil, Juca Ferreira, no Centro Cultural Banco do Brasil, e a inauguração do XVII Congresso Brasileiro de Professores de Francês, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Pela manhã, o público lotou a Esplanada dos Ministérios para acompanhar a passagem dos veteranos brasileiros e a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. E não estranhou ao ver, entre o lema Ordem e Progresso, a mensagem de Liberdade, Fraternidade e Igualdade que marca a República francesa, representada nas cores bleu, Blanc, rouge da fumaça deixada no céu após a passagem da Patrouille de France, o destacamento acrobático da Força Aérea Francesa. “Acho importante essa integração entre os dois países”, afirmou a professora Cláudia Lobão, 39 anos.
Para o servidor público José Junior, 29 anos, a participação francesa no Dia da Independência é mais uma oportunidade para mostrar a cultura e a personalidade do povo brasileiro. “Vim com meu filho e a namorada prestigiar o desfile, que é uma oportunidade que temos de demonstrar nosso amor à Pátria, e gostei também de ver a participação francesa. O Ano da França no Brasil nos permite mostrar à França e ao mundo toda nossa riqueza”, defendeu Junior.
Simpósito Internacional sobre o futuro das metrópoles: preocupação em comum
Profissionais da área de arquitetura também lotaram o auditório do CCBB durante a abertura do simpósio Metrópole do Futuro, onde os ministros da Cultura francês e brasileiro destacaram a importância da arquitetura no bem-estar das populações das grandes cidades e na qualidade de vida das futuras gerações. “Não posso deixar de pensar em Oscar Niemeyer, que colocou a arquitetura a serviço do homem e da sociedade. Brasília sempre foi precursora, e é sob essa luz que vamos repensar juntos o desenvolvimento do planeta e sua sustentabilidade, trabalhando a ideia de um policentrismo nas novas cidades que quebre essa sensação de centro, de periferia e abandono”, defendeu Frédéric Mitterrand.
O ministro brasileiro Juca Ferreira defendeu a urgência das nações reverem os conceitos e práticas que norteiam sua interação com o meio ambiente e o espaço urbano. “Neste mundo pós-Kyoto, em que já não são os armamentos nucleares, mas a degradação da biosfera e o aviltamento das metrópoles os fantasmas que ameaçam nossa perpetuação como espécie, qual o papel da arquitetura e do urbanismo?”, questionou o ministro. “Algumas das possíveis respostas estarão sendo gestadas neste simpósio, onde está reunido o que há de melhor no pensamento e na prática profissional dessas duas disciplinas”, complementou.
A importância dessa discussão foi ressaltada horas depois pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que citou o papel dos transportes na melhoria de vida dos moradores das cidades o exemplo das transformações por que passa Paris, metrópole a qual classificou como “a mais linda cidade do mundo”, antes de posar para fotos ao lado de parte dos arquitetos franceses que vieram ao Brasil.
O simpósio segue até o dia 9 de setembro. Na agenda, questões essenciais de policentralidade e densidade, mescla social e proximidade, mescla social e mutabilidade, além do tema sustentabilidade. Participam das discussões os arquitetos europeus Roland Castro (Paris), Mike Davies (Londres), Massimiliano Fuksas (Paris), Finn Geipel (Berlin), Antoine Grumbach (Paris), Djamel Klouche (Paris), François Leclercq (Paris), Julien Monfort (Marselha), Christian de Portzamparc (Paris), Nicolas Samsoem (Paris) e Bernardo Secchi (Milão).
Pelo lado brasileiro, estarão presentes os arquitetos Paulo Mendes da Rocha (São Paulo), Louis Fernando Almeida (Brasília), Gilberto Belleza (São Paulo), Milton Botler (Recife), Gregory Bousquet (São Paulo), Igor Campos (Brasília), Fernando Chacel (Rio), André Correa do Lago (Brasília – Rio), Silvia Fischer (Brasília), Helena Maria Gasparian (São Paulo), Rosa Grena Kliass (São Paulo), Jaime Lerner (Curitiba), Cristiane Muniz (São Paulo), Paulo Henrique Paranhos (Brasília), Ciro Pirondi (São Paulo), Claudio Queiroz (Brasília), Andrey Rosenthal (Brasília), Guillaume Sibeau (São Paulo), Nadia Somekh (São Paulo), João Suplicy (Curitiba), Decio Tozzi (São Paulo), Fernando Viegas (São Paulo), João Sete Withaker (São Paulo) e Jorge Wilheim (São Paulo).
O idioma como cultura: Congresso Nacional de professores de francês
A programação oficial do Ano da França no Brasil no 7 de Setembro foi encerrada com a abertura do XVII Congresso Brasileiro de Professores de Francês. Cerca de mil professores e estudantes de francês de todo o Brasil e até de países francófonos compareceram ao Centro de Convenções para debater sobre o ensino da língua, a diversidade cultural e o desenvolvimento de políticas linguísticas.
A professora de francês Givaílda Cardoso Costa, 38 anos, veio de Pernambuco para participar do evento. “Esse intercâmbio com profissionais do Brasil e de outros países é importante na formação dos professores e na sua interação com os alunos em sala de aula”, ressaltou. Cláudia Tabosa, 41 anos, professora de francês da Escola Estadual de Macapá, no Amapá, também destacou os benefícios do encontro. “O Congresso nos possibilita pegar a importante experiência dos palestrantes para aplicar em sala de aula e trabalhar a questão do impacto da língua materna e estrangeira”, citou a professora.
As palestras acontecem no Centro de Convenções Ulysses Guimarães até o dia 9. No dia 10, os debates continuam no Centro de Excelência em Turismo (CET), da Universidade de Brasília (UnB).
Serviço:
Simpósio Internacional sobre a Cidade Sustentável – A Metrópole do Futuro
Data: 7, 8 e 9 de setembro
Dias 8 e 9, das 9h às 18h
Local: Centro Cultural Banco Do Brasil - Brasília
XVII Congresso Brasileiro dos Professores de Francês
De 7 a 9 de setembro
Centro de Convenções Ulysses Guimarães
10 de setembro
Centro de Excelência em Turismo (CET) - Universidade de Brasília
Os patrocinadores do Ano da França no Brasil ( http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:
Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.
Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Banco Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro.
Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, CulturesFrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura, Governo Federal do Brasil, SESC, SESC SP.
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Os tradicionais verde e amarelo que marcam o Dia da Independência brasileira tiveram um colorido diferente neste 7 de setembro. O azul, o branco e o vermelho da bandeira francesa juntaram-se, na terra e no ar, às cores brasileiras neste feriado da Pátria, que contou com a presença do presidente da França, Nicolas Sarkozy. Ao lado do presidente Lula, Sarkozy acompanhou a passagem das tropas brasileiras e de três regimentos franceses, vindos especialmente para participar dos festejos da Independência neste Ano da França no Brasil.
As comemorações na capital da República incluíram ainda a abertura do Simpósio Internacional sobre a Cidade Sustentável – A Metrópole do Futuro, feita pelos ministros da Cultura da França, Frédéric Mitterrand, e do Brasil, Juca Ferreira, no Centro Cultural Banco do Brasil, e a inauguração do XVII Congresso Brasileiro de Professores de Francês, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Pela manhã, o público lotou a Esplanada dos Ministérios para acompanhar a passagem dos veteranos brasileiros e a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. E não estranhou ao ver, entre o lema Ordem e Progresso, a mensagem de Liberdade, Fraternidade e Igualdade que marca a República francesa, representada nas cores bleu, Blanc, rouge da fumaça deixada no céu após a passagem da Patrouille de France, o destacamento acrobático da Força Aérea Francesa. “Acho importante essa integração entre os dois países”, afirmou a professora Cláudia Lobão, 39 anos.
Para o servidor público José Junior, 29 anos, a participação francesa no Dia da Independência é mais uma oportunidade para mostrar a cultura e a personalidade do povo brasileiro. “Vim com meu filho e a namorada prestigiar o desfile, que é uma oportunidade que temos de demonstrar nosso amor à Pátria, e gostei também de ver a participação francesa. O Ano da França no Brasil nos permite mostrar à França e ao mundo toda nossa riqueza”, defendeu Junior.
Simpósito Internacional sobre o futuro das metrópoles: preocupação em comum
Profissionais da área de arquitetura também lotaram o auditório do CCBB durante a abertura do simpósio Metrópole do Futuro, onde os ministros da Cultura francês e brasileiro destacaram a importância da arquitetura no bem-estar das populações das grandes cidades e na qualidade de vida das futuras gerações. “Não posso deixar de pensar em Oscar Niemeyer, que colocou a arquitetura a serviço do homem e da sociedade. Brasília sempre foi precursora, e é sob essa luz que vamos repensar juntos o desenvolvimento do planeta e sua sustentabilidade, trabalhando a ideia de um policentrismo nas novas cidades que quebre essa sensação de centro, de periferia e abandono”, defendeu Frédéric Mitterrand.
O ministro brasileiro Juca Ferreira defendeu a urgência das nações reverem os conceitos e práticas que norteiam sua interação com o meio ambiente e o espaço urbano. “Neste mundo pós-Kyoto, em que já não são os armamentos nucleares, mas a degradação da biosfera e o aviltamento das metrópoles os fantasmas que ameaçam nossa perpetuação como espécie, qual o papel da arquitetura e do urbanismo?”, questionou o ministro. “Algumas das possíveis respostas estarão sendo gestadas neste simpósio, onde está reunido o que há de melhor no pensamento e na prática profissional dessas duas disciplinas”, complementou.
A importância dessa discussão foi ressaltada horas depois pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que citou o papel dos transportes na melhoria de vida dos moradores das cidades o exemplo das transformações por que passa Paris, metrópole a qual classificou como “a mais linda cidade do mundo”, antes de posar para fotos ao lado de parte dos arquitetos franceses que vieram ao Brasil.
O simpósio segue até o dia 9 de setembro. Na agenda, questões essenciais de policentralidade e densidade, mescla social e proximidade, mescla social e mutabilidade, além do tema sustentabilidade. Participam das discussões os arquitetos europeus Roland Castro (Paris), Mike Davies (Londres), Massimiliano Fuksas (Paris), Finn Geipel (Berlin), Antoine Grumbach (Paris), Djamel Klouche (Paris), François Leclercq (Paris), Julien Monfort (Marselha), Christian de Portzamparc (Paris), Nicolas Samsoem (Paris) e Bernardo Secchi (Milão).
Pelo lado brasileiro, estarão presentes os arquitetos Paulo Mendes da Rocha (São Paulo), Louis Fernando Almeida (Brasília), Gilberto Belleza (São Paulo), Milton Botler (Recife), Gregory Bousquet (São Paulo), Igor Campos (Brasília), Fernando Chacel (Rio), André Correa do Lago (Brasília – Rio), Silvia Fischer (Brasília), Helena Maria Gasparian (São Paulo), Rosa Grena Kliass (São Paulo), Jaime Lerner (Curitiba), Cristiane Muniz (São Paulo), Paulo Henrique Paranhos (Brasília), Ciro Pirondi (São Paulo), Claudio Queiroz (Brasília), Andrey Rosenthal (Brasília), Guillaume Sibeau (São Paulo), Nadia Somekh (São Paulo), João Suplicy (Curitiba), Decio Tozzi (São Paulo), Fernando Viegas (São Paulo), João Sete Withaker (São Paulo) e Jorge Wilheim (São Paulo).
O idioma como cultura: Congresso Nacional de professores de francês
A programação oficial do Ano da França no Brasil no 7 de Setembro foi encerrada com a abertura do XVII Congresso Brasileiro de Professores de Francês. Cerca de mil professores e estudantes de francês de todo o Brasil e até de países francófonos compareceram ao Centro de Convenções para debater sobre o ensino da língua, a diversidade cultural e o desenvolvimento de políticas linguísticas.
A professora de francês Givaílda Cardoso Costa, 38 anos, veio de Pernambuco para participar do evento. “Esse intercâmbio com profissionais do Brasil e de outros países é importante na formação dos professores e na sua interação com os alunos em sala de aula”, ressaltou. Cláudia Tabosa, 41 anos, professora de francês da Escola Estadual de Macapá, no Amapá, também destacou os benefícios do encontro. “O Congresso nos possibilita pegar a importante experiência dos palestrantes para aplicar em sala de aula e trabalhar a questão do impacto da língua materna e estrangeira”, citou a professora.
As palestras acontecem no Centro de Convenções Ulysses Guimarães até o dia 9. No dia 10, os debates continuam no Centro de Excelência em Turismo (CET), da Universidade de Brasília (UnB).
Serviço:
Simpósio Internacional sobre a Cidade Sustentável – A Metrópole do Futuro
Data: 7, 8 e 9 de setembro
Dias 8 e 9, das 9h às 18h
Local: Centro Cultural Banco Do Brasil - Brasília
XVII Congresso Brasileiro dos Professores de Francês
De 7 a 9 de setembro
Centro de Convenções Ulysses Guimarães
10 de setembro
Centro de Excelência em Turismo (CET) - Universidade de Brasília
Os patrocinadores do Ano da França no Brasil ( http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:
Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.
Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Banco Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro.
Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, CulturesFrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura, Governo Federal do Brasil, SESC, SESC SP.
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