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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vencer o "desprazer" da falta do cigarro é obstáculo para fumantes

Superar este sintoma da síndrome de abstinência é uma das chaves do sucesso do tratamento do tabagismo, diz psiquiatra

O tabagismo é uma doença crônica e recorrente. Mesmo sabendo de todos os males que o cigarro causa à saúde, por que ainda tanta gente fuma? Pesquisas indicam que a maior parte deles fuma porque sente prazer, alguns porque procuram uma forma de aliviar a ansiedade e outros por influência do ambiente e dos amigos. “O fato é que o tabagismo pode envolver a existência concomitante de diferentes condições patológicas e emocionais em um mesmo indivíduo, como a ansiedade, a depressão e o alcoolismo” explica o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, professor titular de Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina do ABC.

Os fumantes têm dificuldade em largar o cigarro por causa da dependência provocada pela nicotina, que é uma condição física e psicológica. “Ao fumar, a nicotina chega ao cérebro em poucos segundos. Começa, então, uma interação, química provocada pela nicotina no organismo, causando sensações de prazer, euforia ou relaxamento”, diz Andrade. O “gatilho” da vontade de fumar pode ser acionado por vários fatores: um exemplo clássico é o bar em companhia de amigos fumantes – ou ainda se sentir ansioso, deprimido ou estar passando por um período muito estressante. “Para os tabagistas, muitas vezes o cigarro é o companheiro nos momentos difíceis da vida. A morte de um ente querido, o fim de um relacionamento e a perda do emprego são alguns exemplos de situações em que o fumante recorre ao cigarro”.

Segundo o especialista, os maiores obstáculos na cessação do tabagismo são os relacionados à síndrome de abstinência, que normalmente ocorre no início da tentativa de parar de fumar. “O fumante não consegue parar com o vício pelo ‘desprazer’ causado pela falta do tabaco. Ele recorre ao cigarro para aliviar alguns sintomas como certo tremor, a ansiedade e o desconforto causados pela dependência da nicotina”, esclarece o psiquiatra.

“Algumas situações podem estimular o fumante a abandonar o cigarro. Uma ocorrência na saúde do indivíduo, como um infarto; um desafio, como a prática de um esporte, um novo emprego ou um companheiro não fumante; e a vaidade, já que são bem conhecidos os estragos que o cigarro causa na pele, cabelos, dentes, etc. Mas uma condição essencial é ter força de vontade”, conta Andrade.

Por isso, a dependência ao cigarro é uma condição clínica que muitas vezes deve ser tratada por um profissional de saúde especializado no assunto. O médico irá traçar um tratamento adequado e individual para cada paciente, estabelecendo metas e prazos reais para a cessação do cigarro. Atualmente, o tratamento farmacológico do tabagismo inclui terapias com ou sem a reposição da nicotina, entre elas, a nova geração de medicamentos como a vareniclina, desenvolvida especificamente para o tratamento da doença.

A Pfizer é a indústria farmacêutica que mais investe em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. O resultado desse trabalho são produtos que melhoram a saúde e a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Fundada em 1849 e presente em 150 países, a Pfizer comercializa medicamentos na área de Saúde Humana e Animal, como Lípitor, Champix, Sutent, Celsentri, Celebra e Viagra. No Brasil há 55 anos, a companhia também desenvolve iniciativas sociais voltadas para a Educação em Saúde.
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