A falta de legislação e instruções de brigadas de incêndio foram alguns dos fatores que contribuíram para grandes catástrofes no passado. Hoje, apesar da evolução tecnológica, os treinamentos de combate a incêndios ainda continuam insuficientes
Após grandes incêndios ocorridos na década de 70, nos Edifícios Andrauss e Joelma, autoridades responsáveis sentiram a urgência de atualizar o “Código de Obras – Artur Saboya” e criar o CONTRU (Departamento de Controle de Uso do Imóvel) com o intuito de fiscalizar edifícios com alto risco de incêndio.
Segundo o Diretor do Ibape/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, Engº Civil e de Segurança do Trabalho Paulo Palmieri Magri, a evolução tecnológica dos últimos anos proporcionou a melhoria dos equipamentos e materiais de combate a incêndios, e o aperfeiçoamento de estudos e profissionais do setor, porém, no que diz respeito aos treinamentos e ensaios de evacuação dos edifícios, os resultados continuam abaixo das expectativas. “Grande parte dos edifícios possuem brigadas de incêndio fictícias, apenas para atender a legislação e driblar as multas, e se aproveitam da falta de fiscalização do CONTRU, que não é capaz de atuar na fiscalização e prevenção da cidade de São Paulo devido o número reduzido de Engenheiros”, explica.
O fato é que a falta de manutenção em segurança, saídas de emergência muitas vezes obstruídas, materiais combustíveis em excesso nas decorações dos edifícios e a redução de profissionais capacitados podem facilitar a ocorrência de novas catástrofes.
De acordo com Paulo Magri, providências precisam ser tomadas no sentido de conscientizar a sociedade, e mostrar que a participação em cursos de primeiros socorros e realização de treinamentos específicos regulares são fundamentais. “Uma disciplina que trate da segurança do trabalhador e do usuário deve ser implantada nos currículos escolares, enquanto nas universidades deve ser criada a disciplina de Engenharia de Segurança Contra Incêndios para todos os cursos de Engenharia e Arquitetura”, conclui.
O Engenheiro acredita que somente com a conscientização de que tais treinamentos e ensaios de evacuação são prioritários, é que poderemos dizer que novas e grandes catástrofes, com um número elevado de mortos, serão remotas no Brasil.
Fonte:
Paulo Palmieri Magri: Graduado em Engenharia Civil e de Segurança do Trabalho, Mestre pelo IPT/SP e Diretor do IBAPE/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
Após grandes incêndios ocorridos na década de 70, nos Edifícios Andrauss e Joelma, autoridades responsáveis sentiram a urgência de atualizar o “Código de Obras – Artur Saboya” e criar o CONTRU (Departamento de Controle de Uso do Imóvel) com o intuito de fiscalizar edifícios com alto risco de incêndio.
Segundo o Diretor do Ibape/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, Engº Civil e de Segurança do Trabalho Paulo Palmieri Magri, a evolução tecnológica dos últimos anos proporcionou a melhoria dos equipamentos e materiais de combate a incêndios, e o aperfeiçoamento de estudos e profissionais do setor, porém, no que diz respeito aos treinamentos e ensaios de evacuação dos edifícios, os resultados continuam abaixo das expectativas. “Grande parte dos edifícios possuem brigadas de incêndio fictícias, apenas para atender a legislação e driblar as multas, e se aproveitam da falta de fiscalização do CONTRU, que não é capaz de atuar na fiscalização e prevenção da cidade de São Paulo devido o número reduzido de Engenheiros”, explica.
O fato é que a falta de manutenção em segurança, saídas de emergência muitas vezes obstruídas, materiais combustíveis em excesso nas decorações dos edifícios e a redução de profissionais capacitados podem facilitar a ocorrência de novas catástrofes.
De acordo com Paulo Magri, providências precisam ser tomadas no sentido de conscientizar a sociedade, e mostrar que a participação em cursos de primeiros socorros e realização de treinamentos específicos regulares são fundamentais. “Uma disciplina que trate da segurança do trabalhador e do usuário deve ser implantada nos currículos escolares, enquanto nas universidades deve ser criada a disciplina de Engenharia de Segurança Contra Incêndios para todos os cursos de Engenharia e Arquitetura”, conclui.
O Engenheiro acredita que somente com a conscientização de que tais treinamentos e ensaios de evacuação são prioritários, é que poderemos dizer que novas e grandes catástrofes, com um número elevado de mortos, serão remotas no Brasil.
Fonte:
Paulo Palmieri Magri: Graduado em Engenharia Civil e de Segurança do Trabalho, Mestre pelo IPT/SP e Diretor do IBAPE/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
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