A orquídea pertence a uma família de plantas subdividida em mais de 1800 gêneros com centenas de espécies cada um, atingindo a marca de 35 mil, espalhadas pelo mundo. Os nomes derivam do latim e grego clássicos.
Podem ser epífitas, terrestres ou rupícolas:
- Epífitas: Vivem grudadas em troncos de árvores, mas não são parasitas, pois realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos pelo ar e pela chuva. Ao contrário do que se pensa, não sugam a seiva da árvore.
- Terrestres: São as que vivem como plantas comuns na terra, embora aceitem o plantio em substrato.
- Rupícolas: São as que vivem sobre as rochas, fixadas nos líquens das fendas.
Cultivar orquídeas exige sensibilidade para identificar os desejos da planta. A maioria delas, as mais comuns, gostam de luminosidade sem sol direto. A luz deve ser indireta, como se estivesse através de uma tela com claridade de 50%. O ideal é manter as plantas sob uma tela sombrite de 50 a 70%, dependendo da intensidade de insolação local.
Assim elas receberão claridade em luz difusa para realizarem a fotossíntese. Se as folhas estiverem com cor verde garrafa, é sinal que estão precisando de mais luz. Se ficarem amareladas, estarão com excesso de luz.
Ao replantar uma orquídea, deve-se retirar as raízes mortas (ao apertar, percebe-se que a raíz está oca). A orquídea nunca deve ser plantada na terra, use substrato. A maioria delas, aceita bem vasos de barro ou plástico de tamanho compatível com a planta. É aconselhável o replante anual ou pelo menos a cada dois anos, em virtude da decomposição ou deterioração do material.
Como replantar:
1. Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso (2 a 3 dedos), para permitir a rápida drenagem do excesso de água;
2. Complete com fibra de coco ou similar. Se houver pó, lave-o num balde com água para dispersar o pó. Evite substratos que contenham muito pó. As raízes necessitam de arejamento.
3. Certas orquídeas progridem na horizontal (rizoma), Laelia e Cattleya, por exemplo, e vão emitindo brotos um na frente do outro.
Para este tipo de planta, deixe a traseira encostada na beira do vaso e espaço na frente para dar lugar a novos brotos (não enterre o rizoma, somente as raízes). Comprima bem o substrato para firmar a planta, a fim de que, com o vento ou um jato d'agua, ela não balance, pois a ponta verde irá roçar no substrato, secar e morrer. Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.
4. Há orquídeas que dificilmente se adaptam dentro de vasos. Nesse caso, o ideal é plantar em tronco de árvore ou casca de peroba, protegendo as raízes com um plástico até a sua adaptação. Alguns exemplos dessas espécies são: C. walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae, a maioria dos Oncidiuns, Leptotes, Capanemias.
5. Orquídeas monopodiais (que crescem na vertical), como Vandas, Ascocendas, Rhynchastylis, Ascocentrum, devem ser plantadas no centro do vaso ou serem colocadas em cesto sem nenhum substrato.
Nesse caso, exigem um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes, mas também as folhas com água adubada bem diluída. Por exemplo, se a bula de um adubo líquido recomenda diluir um milímetro desse adubo em um litro de água, ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais e borrife a cada duas ou três horas, principlamente em dias quentes e secos. Você pode perder a paciência, mas não a planta. Como exigem alta umidade relativa, pode-se, por exemplo, usar um recipiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar a planta com o vaso sobre as mesmas, de modo que as pedras molhadas pela rega, assegurem a umidade necessária.
Temperatura
Toda orquídea se adapta bem a temperaturas entre 15 e 25 graus centígrados. Entretanto, há orquídeas que suportam temperaturas mais baixas, como Cymbidium, Odontoglossum, Miltonia colombiana, todas nativas de regiões elevadas.
Outras já não toleram o frio. É o caso das orquídeas nativas das imediações da linha do Equador, como C. aurea, C. eldorado, C. violacea, Diacrium, Galeandra, Acacallis.
Assim, devemos cultivar orquídeas que se aclimatem no lugar em vão ser cultivadas. Caso contrário, o cultivo será muito mais trabalhoso, muitas vezes é adequada para milhares de espécies. Algumas se adaptam melhor no planalto, outras nas montanhas, outras nos vales ou no litoral, mas justamente a variação de clima e topografia propícia a riqueza de espécies que temos.
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Rega:
Rega:
Dias quentes: É necessário manter o ambiente úmido, molhando a planta e o ambiente se possível. Nunca molhe as plantas quando as folhas estiverem quentes pela incidência de luz solar, pois o choque térmico pode causar pequenas lesões que se tornarão porta de entrada para doenças. Molhe sempre pela manhã ou no final da tarde.
Ao comprar uma orquídea, informe-se em que tipo de substrato ela está plantada. Os mais comuns são: fibra de coco com pó (secagem lenta); fibra de coco sem pó (secagem moderada); musgo ou cubos de coxim (secagem moderada); carvão ou piaçaba (secagem rápida); casca de pinus sem pó (secagem moderada); casca de pinus com pó (secagem lenta); mistura de grãos de isopor, casca de pinus e carvão (secagem rápida); casca ou tronco de madeira (secagem super rápida).
A melhor maneira de regar é emergir o vaso num recipiente com água e deixar por alguns minutos. Se você molhar com um regador, um vaso ressecado, pode ocorrer de a água encontrar um canal por onde escorrer e o resto do substrato continuar totalmente seco.
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Adubação
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Se o adubo for líquido, dilua uma colher de chá em um litro de água e aplique uma vez por semana. Nunca aplique durante o dia, pois o estômago das folhas estarão fechados. Faça o procedimento pela manhã (antes do sol nascer) ou no final da tarde, molhando os dois lados das folhas. Você pode utilizar um borrifador e aplicar todos os dias na planta (nunca exceda o a medida do adubo, pois dosagens maiores matarão a planta).
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Pragas e doenças
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Pulgões e cochonilhas (parece um pó branco), podem ser eliminados por catação manual ou com uso de uma escova de dentes molhada com caldo de fumo. Pode-se também aplicar spray (a base de água) doméstico do tipo que mata moscas, baratas, formigas, etc., não use os de querosene. Outra opção é a aplicação do óleo de semente de NIM que atua como fungicida e inseticida, mas só deve ser usado em dias frios e na sombra.
Manchas nas folhas ou aparecimento de brotos mortos: Aplique caldo de fumo
Modo de preparo: Ferva 100g de fumo de rolo picado em 1 litro e meio de água, acrescente 1 colher de chá de sabão de coco em pó e borrife as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador do vírus do tabaco.
Floração:
Em geral as orquídeas costumam florecer de uma a quatro vezes por ano.
Mais informações: http://www.aosp.com.br/
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