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terça-feira, 24 de março de 2009

DEFICIÊNCIA AUDITIVA: A MAIOR BARREIRA PARA OUVIR BEM É O PRECONCEITO

Pessoas com perdas de audição relutam por anos antes de usar um aparelho


Nas ruas é comum encontrarmos pessoas de todas as idades usando óculos, mas não é isso o que acontece no caso da deficiência auditiva. Apenas 40% das pessoas com perda de audição reconhecem que ouvem mal. A falta de informação e o preconceito fazem com que a maioria demore, em média, seis anos para tomar uma providência.

Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, a pessoa deve consultar um especialista que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado dos testes, como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes, o uso de aparelho auditivo resolve o problema.

"Não há demérito algum em usar um aparelho auditivo. Atualmente existem modernos aparelhos, como os da marca Oticon, comercializados na Telex, com tecnologia digital, pequenos e quase imperceptíveis, que não ofendem a vaidade de quem usa. Por que não fazer uso dessa tecnologia e ouvir melhor, sentindo-se mais confiante para conversar com seus familiares, amigos e colegas de trabalho? O aparelho com certeza contribui para melhorar a auto-estima e a qualidade de vida", afirma a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex.


Mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas de audição, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Neste balanço estão incluídos os 12 millhões de brasileiros com mais de 65 anos que sofrem algum grau de perda auditiva. No caso dos idosos, o déficit de audição pode ocorrer por causa de mudanças degenerativas naturais do envelhecimento, chamadas de presbiacusia.

Quando a indicação é o uso de aparelho auditivo, alguns pacientes se sentem punidos por isto. "Infelizmente, muitas vezes quando a pessoa procura tratamento o caso já está mais grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e com o decorrer dos anos a deficiência atinge um estágio mais avançado", explica Isabela Gomes.

Cabe à fonoaudióloga indicar qual tipo e modelo de aparelho indicado para atender às necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Isabela Gomes, no entanto, lembra que nem sempre o ajuste certo é obtido nos primeiros dias de uso: "Alguns passam tantos anos sem ouvir direito que estranham quando voltam a escutar determinados sons. Por isso, é necessário um acompanhamento por parte da fonoaudióloga".

Ainda há um grande preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição e a falta de informação sobre os avanços tecnológicos da área. "As pessoas têm que estar conscientes do fato de que o uso do aparelho não diminui ninguém. A audição é muito importante nas nossas relações, no nosso dia-a-dia. A perda da audição muda o perfil psicológico do indivíduo. Por que não mudar esse quadro? conclui Isabela Gomes.

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Mural:



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